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quarta-feira, 15 de maio de 2019

História da comunidade Guerreira Zeferina já pode ser conferida em documentário

História da comunidade Guerreira Zeferina já pode ser conferida em documentário





A partir desta segunda-feira (13), a história de luta e de profunda transformação social de uma comunidade de Salvador – conhecida antigamente como Cidade de Plástico – já pode ser conhecida por pessoas de todo o mundo. O documentário “Zeferinas – Guerreiras da Vida” está disponível no site zeferinas.com.br e foi lançado em sessão especial, realizada no início da noite e com a presença do prefeito ACM Neto e do vice, Bruno Reis, que emocionou os convidados presentes, dentre eles moradores do conjunto habitacional, no Espaço de Cinema Glauber Rocha, no Centro. 
O gestor salientou que a obra foi inspirada na história de vida de mulheres que moram no Conjunto Habitacional Guerreira Zeferina, entregue pela Prefeitura em 2018, e que são consideradas verdadeiras guerreiras. “Elas acreditaram, há muitos anos, que um dia poderiam realizar o sonho de morar em lugar digno, em um conjunto habitacional de natureza popular mais bonito do Brasil e que, depois de muita luta e dificuldade enfrentadas por essas famílias, que sequer tinham sanitário em casa, conseguiram realizar esse sonho”, afirmou ACM Neto. 
O prefeito afirmou ainda que o documentário também aproveita para fazer um paralelo com a luta dos escravos pela libertação do povo baiano, no século XIX. “Essa é uma história que sempre deve ser lembrada porque é uma reparação permanente que a sociedade tem que fazer. Agora, a gente tem essa oportunidade de contar essa história para o Brasil e para o mundo. Além disso, as pessoas também vão saber quem foi a guerreira Zeferina e vão entender porque ela dá nome ao conjunto habitacional, escolha essa feita pela própria comunidade”, completou. 
O relato audiovisual impressionou a atendente de loja Diane Silva, 31 anos, que reside no bairro de Pirajá, às margens do Parque São Bartolomeu e próximo à antiga Cidade de Plástico. “Conheci a comunidade antes com meu esposo e vi de perto a realidade. Era tudo muito feio, de plástico. É gratificante ver a realidade posta na tela. O sofrimento que as mulheres passaram, a luta e, hoje, ver a realidade de estabilidade que elas conseguiram e o prestígio delas mostrado em público. É muito lindo. A Prefeitura está de parabéns, principalmente por também desenvolver projetos que ajudam a própria comunidade.” 
Representatividade – A trajetória da comunidade localizada em Periperi, no Subúrbio Ferroviário, é contada por quatro moradoras: Cassileide, Vanda, Tâmara e Miriam. Elas relatam desde a chegada ao local em busca de moradia, relembram o medo de viver em condições subumanas, e demonstram a sensação de orgulho e sonho realizado com a casa própria e um local mais digno de viver com a família. 
O papel da guerreira Zeferina foi interpretada pela atriz Edvana Carvalho, uma das fundadoras do Bando de Teatro Olodum e que ressaltou a importância da representatividade da mulher negra na tela. “Está de parabéns a Prefeitura nesse sentido. Acho que o documentário vem reafirmar e deixar registrado isso para a posteridade de que nós, mulheres negras, sempre fomos de luta. É importante que a luta das mulheres negras do passado e de hoje seja registrada. É muito bom e louvável quando a gente se vê de uma forma heroica”, afirmou. 
Realização – Realizado pela Prefeitura com produção da agência Propeg, o filme foi dirigido por Márcio Cavalcanti ("Sou Carnaval" e "Bahêa, Minha Vida"). Com quase 25 minutos de duração, a obra faz um paralelo entre as guerreiras do tempo presente, que têm uma história de superação, com a heroína do passado, que é a inspiração para o nome da comunidade que teve a face transformada pela construção do conjunto habitacional pelo município, a partir de 2018. 
Com entrevistas emocionantes e reveladoras, além de imagens fortes da antiga Cidade de Plástico e da paisagem que compõe a realidade atual das "zeferinas", o documentário resgata esse elo, mostrando os maiores conflitos da trajetória de cada “guerreira” que habita o local, que fica às margens da linha férrea. 
O pontapé inicial da obra foi fazer o resgate da trajetória da guerreira Zeferina de 1826, intercalando com a história das mulheres lutadoras da atualidade. As gravações duraram dez dias, sendo nove na comunidade e um para filmagens de reconstituição histórica no Parque São Bartolomeu. Além dos depoimentos, o filme relembra os 14 anos de existência da Cidade de Plástico – referência à lona que servia de teto para os barracos feitos de madeirite.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

África Arte Senegal em Salvador Bahia.. Sucesso!!/Lulu Bahia TV Entertai...

Novo empreendimento na orla garante R$2,8 milhões para a Prefeitura

Novo empreendimento na orla garante R$2,8 milhões para a Prefeitura







A requalificação da orla da primeira capital do Brasil passa, além das obras públicas, pelo estímulo da Prefeitura a novos investimentos por parte iniciativa privada, com as devidas compensações à cidade. Essa é uma das filosofias do eixo Negócios do programa Salvador 360, com mais um resultado dessa estratégia apresentado na manhã nesta segunda-feira (13): o início da demolição do Salvador Praia Hotel, equipamento que estava fechado há dez anos na Avenida Oceânica, em Ondina, e que dará lugar a um novo empreendimento imobiliário que vai gerar 350 empregos diretos apenas na construção.
O alvará de demolição e a autorização para o empreendimento foram entregues no local pelo prefeito ACM Neto a Marcos e Gustavo Dubeux, sócios-representantes da empresa Moura Dubeux, responsável pelo projeto. Estiveram presentes também na ocasião o vice-prefeito e secretário de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Bruno Reis; os secretários de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Sérgio Guanabara, e de Cultura e Turismo (Secult), Cláudio Tinoco; demais gestores e autoridades municipais, convidados e imprensa.
O investimento será feito pela Moura Dubeux, responsável pelo projeto. As contrapartidas para a cidade somam R$2,8 milhões, sendo algumas exigidas com base no novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e na nova Lei de Ordenamento do Uso do Solo (Louos), a exemplo da cobrança da outorga onerosa proveniente do aumento do potencial construtivo e pela área de construção.
O prefeito elencou os benefícios exigidos pela administração municipal para a instalação do novo empreendimento, ação que impactará positivamente toda a população. “Essa obra é um investimento privado de quase R$300 milhões e que, além da geração de empregos, vem acompanhando o investimento de requalificação da orla que a Prefeitura está fazendo. Será reformado todo o calçadão deste trecho de Ondina, entregue a Rua Roschield Moreira, que praticamente não é usada hoje, e ser feito todo um investimento de acesso à praia de forma a ter um novo espaço na cidade para pedestres e para quem gosta de curtir a orla de Salvador”.
O gestor também salientou outros aspectos positivos para a cidade com o novo investimento privado. “A possibilidade de tirar esse elefante branco que era o Salvador Praia Hotel e que compunha de uma maneira não tão agradável o cartão postal da orla. Agora, o local vai dar lugar a empreendimentos bonitos que, além da área residencial, também haverá a questão comercial, já que uma parte desses empreendimentos servirá para hotelaria e, portanto, reforçará o turismo da nossa capital”, afirmou ACM Neto.
Processo e melhorias – Por se tratar de um terreno de 12 mil metros quadrados na orla, os responsáveis pelo empreendimento terão que garantir uma cota de solidariedade de 5% da área construída, a ser doada em habitação de interesse social ou paga ao município no valor venal do terreno, para efeito de cálculo do IPTU. Além disso, a área onde o empreendimento será erguido passará por requalificação com recursos da Moura Dubeux, conforme exigência da Prefeitura.
A frente da construção terá passeio de cinco metros de largura e paisagismo. No local, serão implantados jardins com mais de 20 espécies de vegetais, incluindo árvores de pequeno, médio e grande porte. O passeio na beira-mar será revitalizado. A rua Roschild Moreira, que fica na lateral do antigo hotel, será alargada e ganhará piso compartilhado no mesmo nível do passeio, além de um mirante para apreciação do mar, jardins e academias de saúde ao ar livre.
O projeto de requalificação pública foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF). Assim como ele, o projeto de construção do novo prédio foi aprovado pela Comissão Normativa de Legislação Urbanística, composta por técnicos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), tendo todo respaldo legal e ambiental.
De acordo com o diretor regional da Moura Dubeux, Fernando Amorim, a demolição do antigo Salvador Praia Hotel está previsto para ser concluído em quatro meses, e o novo empreendimento deverá ser entregue em três anos e meio. “É um investimento que já estamos desejando implantar aqui há algum tempo e conseguimos a aprovação após todo o rigor da Prefeitura. Mais de um terço do terreno será para uso público. As pessoas que vão passar por aqui vão poder usufruir o boulevard, além de ter melhor acesso ao mar. Um empreendimento como esse só contribui com a beleza e a harmonia do local, e não terá impacto para o Carnaval”, completou.
Impacto – Houve toda uma preocupação com a mitigação de impactos no trânsito da região. Por isso, os projetos foram analisados pela Comissão de Interferência no Trânsito, composta por técnicos da Secretaria de Mobilidade (Semob) e da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador).
Um estudo de impacto de vizinhança também foi realizado e o empreendimento será construído com itens sustentáveis, visando a adesão ao programa IPTU Verde, gerido pela Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis). Cerca de 30% do terreno de 12.000 m² será destinado à requalificação urbana e paisagística. No restante da área serão construídos dois condomínios que serão chamados de Beach Class Salvador e Undae Ocean – uma das três torres, inclusive, será formada por flats, que poderão ser alugados para moradia ou turismo.