Mostra na Casa do Benin revela relações de afeto nos terreiros de candomblé
Em meio às celebrações pelo Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro), a Casa do Benin, espaço cultural gerido pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) no Pelourinho, recebe a exposição itinerante AFÉTO. A abertura acontece nesta terça-feira (23), às 18h, e pode ser visitada gratuitamente até o dia 3 de março, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. A mostra fotográfica que vem percorrendo o país chama atenção para as relações de afeto constituídas dentro dos terreiros de Candomblé, a partir do olhar do fotógrafo Roger Cipó. A curadoria é de Marco Antonio Teobaldo.
Na abertura, Cipó receberá profissionais de Fotografia e público em geral para um bate-papo sobre fotografia preta. Para o artista, mais que um registro documental sobre um aspecto específico do Candomblé, o trabalho reitera a importância das relações interpessoais como forma de resistência da cultura afro-brasileira e fortalecimento da identidade do povo de axé, a partir da experiência de fé nos orixás. O terreiro é evidenciado como espaço de acolhimento, em resposta a uma cultura de segregação e ódio fomentado pelo racismo.
Ao percorrer dezenas de terreiros no estado de São Paulo e Rio de Janeiro e vivenciar as diferentes manifestações de fé afro-brasileira, AFÉTO apresenta raras e delicadas imagens que revelam a interação dos fiéis entre si. Dentre elas estão as de uma família ao redor das obrigações sagradas, e as registradas durante as cerimônias, quando os orixás manifestam afeto por meio das sacerdotisas e sacerdotes. Roger Cipó é Alabê que, no candomblé, é o responsável pela orquestra dos atabaques.
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