Urbanização da comunidade Guerreira Zeferina garante transformação social
Prefeitura entrega primeira etapa das obras e beneficia 125 famílias pobres que viviam em barracos
Desde 2013, uma das missões da Prefeitura tem sido a de transformar a cidade. E essa transformação acontece não apenas através de obras físicas, mas principalmente pela mudança provocada na vida das pessoas. Um dos exemplos práticos disso é a urbanização da comunidade Guerreira Zeferina, em Periperi, no Subúrbio Ferroviário, região da capital alvo de algumas das principais intervenções do poder público municipal, que destina quase 80% dos investimentos para as áreas mais pobres da capital.
As pessoas que viviam nessa localidade, antes das obras entregues hoje em sua primeira etapa pelo prefeito ACM Neto, dentro das comemorações pelo aniversário de 469 anos de Salvador, moravam em barracos feitos de madeira, lona e plástico, sem dignidade, sem esperança. Não havia rede de esgoto, energia elétrica ou pavimentação. Quando chovia, a lama tomava conta dos moradias precárias. Era uma realidade triste e para a qual os poderes públicos sempre deram as costas. Por conta disso, o nome da comunidade era Cidade de Plástico.
"Nunca mais essa área da cidade será chamada assim, de Cidade de Plástico. Enfrentamos a desconfiança de muitos que estão aqui hoje , mas chegamos com a preocupação de fazer um trabalho integrado e completo na área social. E demos toda a assistência às famílias antes, durante e continuaremos dando depois da entrega de toda essa obra", afirmou o prefeito ACM Neto, que comandou a solenidade de inauguração da primeira etapa das obras ao lado do vice-prefeito Bruno Reis, de secretários e dirigentes municipais, parlamentares, lideranças e população.
Quando assumiu o primeiro mandato, o prefeito ACM Neto determinou imediatamente que a Casa Civil, que coordenou todo o processo, a Fundação Mario Leal Ferreira e outras secretarias e órgãos municipais elaborassem um projeto de urbanização com elevado alcance social que considerasse os desejos e anseios das mais de 250 famílias que residiam na então chamada Cidade de Plástico, uma das áreas mais pobres da cidade. Ou seja, essas famílias precisam ser ouvidas e atendidas. E isso foi feito.
"Eu quero me mudar o mais rápido possível. Moro aqui há 10 anos, mas agora tudo mudou. Morava num barraco de plástico com quatro filhos. Temos que agradecer à Prefeitura. Muita gente não acreditou, e chegou a receber mal ACM Neto aqui em 2012, na campanha. Agora a gente só tem a agradecer pela palavra cumprida", afirmou a dona de casa Georgina da Costa, de 60 anos.
Quais eram os desejos e anseios da comunidade? O trabalho de transformação social se tornou evidente na medida em que as reuniões entre as equipes do Executivo municipal e os moradores foram acontecendo, a partir do início de 2014, após a Prefeitura cadastrar as famílias, em 2013. Nas primeiras conversas, a comunidade reivindicava itens básicos: rede de esgoto e de energia. Depois, quando tiveram assegurada essa demanda, passaram a solicitar da Prefeitura uma casa digna, unidade de ensino, equipamentos de lazer e qualificação profissional. Pois tudo isso foi garantido e se transformou em realidade. Os cidadãos que não tinham o básico cresceram socialmente, o que não é feito apenas com obra física.
Mudança - A antiga Cidade de Plástico hoje se transforma de uma vez por todas na comunidade Guerreira Zeferina, com um conjunto habitacional para 257 famílias, sendo 125 imóveis entregues agora na primeira etapa das intervenções. As famílias começam a mudar em algumas semanas. Também foram inaugurados hoje a Escola Municipal Guerreira Zeferina, que vai atender às crianças da comunidade; campo de futebol; miniquadra; seis boxes comerciais distribuídos em três quiosques; espaço de convivência e lazer; calçadão de acesso à praia; deck; e estacionamento. Tudo isso feito ouvindo os moradores, após intenso processo de diálogo e utilizando até mão de obra local, capacitada e selecionada entre os beneficiários.
O investimento total é de R$21 milhões, oriundos de recursos próprios da Prefeitura, englobando uma área de 20 mil metros quadrados, entre a via férrea e o mar. Na segunda etapa serão inaugurados os 132 apartamentos restantes divididos em outros cinco blocos, o centro comunitário, quatro boxes comerciais distribuídos em dois quiosques, um parque infantil, uma academia de saúde, um espaço de lazer e convivência e estacionamento. Tudo isso com saneamento básico, o que não havia na antiga Cidade de Plástico.
Estrutura e capacitação - Os apartamentos estão distribuídos em 10 prédios, com 2 ou 3 quartos. O conjunto conta com infraestrutura completa e dispõe de 20 moradias adaptadas para pessoas com deficiência. Enquanto as novas residências e infraestrutura foram e estão sendo construídas (no caso da segunda etapa), com obras a cargo Superintendência de Conversação e Obras Públicas (Sucop), órgão ligado à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) os moradores recebem auxílio-moradia da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps). Desde o início, a comunidade é acompanhada pela equipe social da Prefeitura, com a realização de atividades que fortaleçam a comunidade.
Esse trabalho social consiste no acompanhamento diário, sobretudo das famílias com maior vulnerabilidade social, e realização de cursos, oficinas, visitas e encontros de preparação para a nova realidade, com perspectiva de inserção dos moradores no mercado de trabalho, favorecendo, assim, o protagonismo da comunidade. Entre os cursos e/ou oficinas realizados e que terão continuidade mesmo após seis meses da entrega das chaves estão o de pedreiro, eletricista, produção de vídeo, doces e salgados, cuidador (a) de idosos e até de liderança, voltado para a convivência em condomínio.
Unidade de ensino – A Escola Municipal Guerreira Zeferina, também inaugurada hoje pelo prefeito ACM Neto, tem 830m² e conta com dois pavimentos, que comportam pátio coberto, 10 salas de aula, 3 de descanso, diretoria, secretaria, sanitários, solário, playgound, além de estruturas complementares, como cozinha, despensa, espaço para freezers, lavanderia e área de serviço. Todo o prédio leva em conta a acessibilidade. Foram investidos R$ 2,1 milhões na nova estrutura, que tem o mesmo padrão de qualidade das demais unidades de ensino entregues na cidade.
A capacidade é para 200 alunos. Na primeira etapa, a unidade de ensino vai atender a estudantes de 2 e 3 anos, o que representa a atual demanda da comunidade. Na medida em que essa demanda for se alterando, novas turmas serão abertas. A escola foi um dos pedidos da comunidade à Prefeitura. As matrículas já começaram hoje.
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