Mais uma ação para estimular a economia em Salvador com vistas à criação de novos empregos está sendo desenvolvida pela Prefeitura. Um novo projeto de lei será encaminhado à Câmara de Vereadores ainda esta semana, propondo incentivos a empresas aéreas que instalarem centros de conexão (HUB)) no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, transformando o equipamento em um ponto de distribuição de voos nacionais e internacionais. O anúncio foi feito pelo prefeito ACM Neto durante lançamento do eixo Centro Histórico do programa Salvador 360, realizado nesta tarde no Fera Palace Hotel, na Rua Chile.
A proposta, desenvolvida através da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), prevê incentivos no ISS e no IPTU para empresas áreas que instalarem centros HUB em Salvador. A medida é válida somente para voos adicionais, nacionais e internacionais, em relação aos já existentes. Dessa forma, a iniciativa garantiria um incremento no movimento aéreo do terminal aéreo e, como consequência, o aumento do fluxo de turistas na cidade.
Estima-se a médio prazo que, em plena operação, a instalação de um HUB de conexões nacionais e internacionais em Salvador poderá ocasionar um aumento de até dois milhões de passageiros/ano, com consequências diretas em todo o setor de serviços da cadeia turística.
“As atuais condições do Aeroporto de Salvador, considerado o segundo pior do Brasil, tornariam muito difícil atração de um HUB de porte internacional. Nos anos de 2015 e 2016, foram registradas quedas sucessivas respectivamente de 8,8 e 12,8% na movimentação de pousos e decolagens. No quesito embarque e desembarque de passageiros, as quedas foram de 0,40% e 6,69%, nessa ordem, na capital baiana”, salientou o prefeito ACM Neto.
Expectativa – As novas possibilidades geradas pela privatização do aeroporto abrem perspectivas para que Salvador consiga, além de reverter os números, fazer com que o equipamento se torne referência em voos no país. Com isso, a Prefeitura participa ativamente da atração desses centros que, se concretizada, poderá significar um salto significativo para o turismo e os negócios em Salvador, seguindo o programa Salvador 360.
Comparativo – A queda de movimentação do Aeroporto de Salvador é particularmente grave, pois tem sido maior que a média nacional dos aeroportos administrados pela Infraero, inclusive de aeroportos nordestinos. Entre 2012 e 2016, por exemplo, o aeroporto de Fortaleza teve um crescimento da participação de 8,8% no movimento de aeronaves e de 9,6% no de passageiros. O aeroporto de Recife teve crescimentos de 11,5 e 6,2%.
Já o aeroporto de Salvador teve quedas de 12,4 e 14,4%, o que demonstra que existem condições locais influenciando negativamente na performance do terminal da capital baiana, além da questão da crise econômica brasileira. “Nesse momento, é necessário ser agressivo para tentar compensar rapidamente as perdas continuadas sofridas pelo nosso turismo, resultantes por exemplo da falta de um Centro de Convenções, das péssimas condições de nosso aeroporto e até mesmo dos problemas de segurança em nossa capital”, completou ACM Neto.
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