Já disse Monteiro Lobato: quem escreve um livro cria um castelo, quem o lê mora nele. O livro tem, justamente, essa capacidade de transportar pessoas para outros lugares, despertar os sentidos e somar experiências e conhecimento. Para ampliar o acesso da população ao mundo mágico da leitura, a Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Matos (FGM), aderiu à Campanha Nacional “Esqueça um Livro e Espalhe Conhecimento”, e vai promover uma grande mobilização na Estação da Lapa e no Parque da Cidade, no próximo dia 25 de julho, Dia Nacional do Escritor.
Durante a mobilização na Lapa, cerca de 30 agentes da FGM e de entidades parceiras vão esquecer livros embaixo dos bancos de ônibus de Salvador para que outras pessoas os encontrem e levem para casa. Cerca de 200 livros serão deixados nos coletivos. No Parque da Cidade, agentes da Livres Livros vão esquecer 150 exemplares em diversos espaços. Um bilhete vai informar ao novo dono que o livro agora pertence a ele. Pela manhã, a mobilização será realizada entre 9h e 11h, e à tarde, entre 14h e 17h.
“É uma campanha nacional e nós estamos aderindo, nos engajando e mobilizando parceiros para participar também. Não se trata apenas de esquecer o livro, esses agentes vão orientar as pessoas, chamar, dizer que o livro é dela, para que o público, de fato, leve o exemplar para casa”, explica Jane Palma, gerente de Biblioteca, Livro e Leitura da FGM.
São parceiros da ação: o grupo Dom Quixote, projeto de extensão da Universidade Federal da Bahia, a Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador, o Sesc e a Fundação Cidade-Mãe, além do já citado Projeto Livres Livros. A população também pode participar, deixando um livro (que não seja didático) na sede da FGM, localizada na Rua Chile, Nº 31 – Centro. O material pode ser deixado na recepção até a próxima sexta-feira (21), entre 13h e 17h.
Além de exemplares doados, a FGM vai esquecer livros do Selo João Ubaldo Ribeiro Ano I, que contemplou oito autores com a publicação de suas obras em 2015. Exemplares dos oitos autores contemplados serão esquecidos. São obras de conto, crônica, romance, dramaturgia, literatura infantil e poesia. Dentre esses, o livro de contos do antropólogo e pesquisador Ordep Serra.
“É uma campanha linda porque só lendo você tem condição de ter informação e conhecimento. Quando você vai ao cinema e assiste a um filme, está tendo a leitura visual de uma estória. Ao ler, você assume o papel de diretor do filme, porque constrói a imagem dos personagens e das cenas na cabeça. As pessoas precisam perceber que o prazer da leitura é igual ao de assistir a um filme”, afirmou Jane.
Campanha Nacional – Nacionalmente, a campanha foi idealizada pelo jornalista Felipe Brandão, desde 2013. Ele criou uma página no Facebook, que já tem pouco mais de 44 mil curtidas, convidando pessoas de todo o país a esquecerem livros já lidos em locais públicos para que sejam encontrados por novos leitores. Felipe também estimula os participantes a postarem fotos do “esquecimento”, para estimular novos adeptos. A ideia surgiu nos Estados Unidos a partir do conceito bookcrossing, e aqui foi idealizada pelo jornalista.
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